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Mazda MX-5 Pequeno, mexido e muito filosófico

Parecem atributos difíceis de conciliar, mas o Mazda MX-5 cabrio é um carro traquina no sentido mais puro do termo.

É pequenino, sendo difícil a entrada, mesmo para alguém com estatura média, é muito ágil, é excecionalmente divertido de conduzir com um chassis que quase nos coloca a rolar pelo chão, tem um volante pequeno e de perfil desportivo e um banco envolvente, mas, ao mesmo tempo, respeita os princípios fundamentais da condução.
Os 131 cv de potência dão-lhe agilidade mas não a super velocidade que torna um pequeno cabrio perigoso, não é suficientemente musculado para suprir os 0 aos 100 km/h em velocidades estonteantes, precisando de mais de oito segundos para cumprir a meta. O MX-5 é divertido, tem toda a tecnologia que se exige, faz um som de motor rouco, mas sem ser exagerado, é atrativo sem ser espampanante e cumpre aquilo a que os engenheiros e designers da Mazda chamam o design Kodo, que respeita o movimento e as proporções.
A tecnologia ajuda muito a atingir um nível de perfeição que a filosofia exige. E este roadster beneficia da tecnologia que a marca nipónica designou por ‘i-Activsense’, com proteção ativa e passiva para condutor e passageiro. Sim, falamos no singular porque este é um carro divertido a dois, com uma assinalável bagageira, com as proporções ideais para uma escapadela de fim de semana. A inspiração potenciada pelo design Kodo liga, de forma simples, o antigo e o novo, o passado e o presente, o vintage e o moderno e tudo sem choques. E, por isso, este Mazda que vai na quarta geração, apresenta novos grupos óticos de Led ultra-compactos à frente e com um nível de equipamento superior é possível obter Led diurnos em faróis deslizantes. Na traseira, existe uma nova assinatura, ainda que lembre sempre gerações passadas. A evolução é lenta mas firme. E sendo um descapotável, é relevante sublinhar o conceito cockpit do habitáculo que é feito no topo do pára-brisas com os contornos dos espelhos das portas e barras dos bancos traseiros ao nível da capota.
Este é um carro em que o primeiro a divertir-se e a usufruir é o condutor e tudo foi feito a pensar nele, desde o habitáculo ao volante, à posição de condução e aos bancos desportivos anatómicos. Este é o conceito Jinba Ittai, já desenvolvido para outros Mazda. A ergonomia e o conforto são melhorados de geração em geração. O objetivo da engenheira do veículo é proporcionar ao utilizador uma fonte inesgotável de prazer, mas dentro dos parâmetros de segurança. O exemplo dessa preocupação é o centro nevrálgico do heads-up cockpit, onde o condutor obtém toda a informação necessária sem se desconcentrar da condução. Outra preocupação foi permitir um acesso seguro à Net. Não experimentámos esta solução, mas a ficha técnica do veículo recorda que é possível fazer as operações pelo comando rotativo ou pela voz. Também as aplicações como a Aha e o Stitcher permite fazer a conexão para internet, radio, serviços e redes sociais e para outros conteúdos vocacionados para o automóvel. O modelo inclui o sistema de navegação que permite pesquisa na web, dados de mapas Navteq, a par de apps como o ecodisplay e que se revela importante, mais que não seja para analisar as médias de consumo.
Do nosso lado, a classificação máxima está no sistema de som premium BOSE. Os nove altifalantes foram pensados para um roadster cabrio com altifalantes integrados nos encostos de cabeça. E estas soluções fazem a diferença num carro com motor aspirado a gasolina e de injeção direta, que permite valores de fábrica que em circuito combinado é de seis litros. A nossa experiência deu mais 15% de consumo, o que continua a ser excelente. Nesta nova geração, e de acordo com as indicações do fabricante, os motores são mais compactos em termos de sistemas de admissão e de escape. A caixa de velocidades manual de seis relações é dura e de relações curtas, o que lembra os pequenos carros da geração anterior.

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