Há muito tempo que Maria Manuel Mota colocou Portugal e as cientistas portuguesas no mapa internacional. Por todo o trabalho desenvolvido pela bióloga e cientista, a revista Forbes Portugal elegeu Maria Manuel Mota como a quarta mulher mais poderosa na área da saúde em Portugal.
Com um total de 52 pontos, a Forbes Portugal lembra que a cientista é apaixonada pela área da saúde quando tropeçou, pela primeira vez, num microscópio, aos 10 anos de idade. Desde então, Maria Manuel Mota, nascida em 1971, nunca mais abandonou a área.
Entre o seu trabalho, a portuguesa ficou mundialmente conhecida pelos seus estudos de combate à malária.
Licenciou-se em Biologia e tornou-se mestre em Imunologia. Além destes títulos, obteve um doutoramento em parasitologia molecular na University College em Londres. Aos 25 anos, seguiu o caminho da parasitologia após uma apresentação sobre a malária no Instituto de Medicina e Higiene Tropical.
Em 2003 venceu o prémio EMBO Young Investigator, no ano seguinte venceu o European Young Investigator Award pela European Science Foundation e em 2005 foi ordenada comendadora da Ordem do Infante Dom Henrique, pelo Presidente da República Jorge Sampaio.
De acordo com a revista portuguesa, é investigadora principal no Instituto da Medicina Molecular desde 2005 e tornou-se diretora executiva da instituição em 2014. Neste processo, recebeu o Prémio Pessoa em 2013.
Em 2016 recebeu ainda o prémio Mulheres na Ciência e foi eleita membro da Organização Europeia de Biologia Molecular.
Focada no tema da malária, uma investigação sua sobre esta doença recebeu o prémio Pfizer em 2017. Foi também reconhecida com o prémio Sanofi-Pasteur, no valor de 150 mil euros, em 2018, pela forma como descobriu como os parasitas da malária entram no fígado e o atacam dependentemente da imunidade.
Durante a pandemia, Maria Manuel Mota desenvolveu o primeiro kit de diagnóstico português da Covi-19, que posteriormente passou a ser produzido pelo Instituto da Medicina Molecular. No mesmo ano recebeu o prémio Consagração de Carreira Dona Antónia Adelaide Ferreira pelo seu “percurso de vida consolidado e merecedor de inequívoco reconhecimento público”.