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Marcelo e Costa foram de 'guerra' a 'milagre' no discurso no espaço de apenas um mês

As palavras utilizadas pelo Presidente da República e pelo primeiro-ministro para comunicarem e defenderem a inédita declaração do estado de emergência mostraram diferenças de estilo entre os dois líderes políticos e a evolução da crise da Covid-19 entre o momento da declaração inicial e o da segunda e última renovação.

A responsabilidade de comunicar “uma decisão excecional num tempo excecional”, com a primeira declaração do estado de emergência previsto na Constituição da República Portuguesa, destinando-se a permitir a suspensão do exercício de direitos “nos casos de agressão efetiva ou iminente por forças estrangeiras, de grave ameaça ou perturbação da ordem constitucional democrática ou de calamidade pública”, marcou a comunicação que o Presidente da República fez aos portugueses a 18 de março. Chegada a hora de confirmar a decisão, Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se à guerra (“porque de uma verdadeira guerra se trata”, defendeu) nada menos do que oito vezes, juntando-lhe mais cinco referências ao “combate” a um “inimigo” que rotulou de “invisível, insidioso e, por isso, perigoso”.

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