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Maradona: Fazer a revolução com a “mão de Deus” e a bola colada aos pés

Vingou a Guerra das Malvinas em pleno México 86, acabou com o estigma de que um clube do sul não podia ganhar títulos de campeão em Itália e dividiu esse país ao meio quando pôs Nápoles a celebrar uma vitória argentina no Itália 90. Para o 10, o futebol era uma arma.

Lo marqué un poco con la cabeza y un poco con la mano de Dios”. No Inglaterra-Argentina do México 86 não se jogava apenas os quartos de final de um Mundial de futebol. Quatro anos antes terminara o conflito bélico conhecido como Guerra das Malvinas, que custou a vida a 649 soldados argentinos e 255 soldados britânicos e que fez com que os países só reatassem relações diplomáticas em 1990, sem qualquer um deles renunciar à soberania sobre essas ilhas. Foi de relações cortadas que se defrontaram no Estádio Azteca, na Cidade do México, a 22 de junho de 1986, e nesse dia Diego Armando Maradona, falecido nesta quarta-feira, aos 60 anos, fez a revolução com a bola colada ao pé esquerdo e a ajuda da mão de Deus.

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