Como seria de esperar, as qualidades políticas, de caráter e de postura que levaram um pouco mais de metade dos norte-americanos a votarem em Donald Trump em novembro de 2016 e um pouco menos de metade a repetirem o voto em novembro de 2020 estão a criar uma espécie de cartilha entre aqueles que consideram – há que dizê-lo que justamente – que a irracionalidade, a errância e a provocação mais ou menos primária podem constituir a argamassa de um capital político suficientemente eficaz para transformar alguém em elegível para o senado ou a câmara de representantes norte-americanos.