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A décima subida consecutiva das taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base, foi decidida pelo BCE, apesar dos receios de uma recessão no bloco europeu.
Em entrevista ao JE, o economista Luís Tavares Bravo, analisa as consequências da decisão para Portugal: alerta para a possibilidade de um aumento das tensões sociais e quanto às medidas que serão apresentadas pelo Governo, para aliviar os detentores de créditos à habitação, considera que há o risco das mesmas “serem reativas quando há um problema estrutural".
De acordo com as fontes ouvidas pelo Jornal Económico, o Executivo aguardava a decisão de setembro do BCE para avançar com novas medidas, tal como, de resto, o ministro das Finanças já tinha sinalizado numa entrevista ao "Público", em julho.
Durante dois anos, as famílias com empréstimos vão ver a taxa de juro associada ao crédito diminuir e vão passar a pagar um valor fixo mensal caso optem por esta solução governamental. Após os 24 meses, a redução das taxas será compensada nas prestações seguintes até ao fim do empréstimo.
Outro tema chave será o alargamento do prazo e do valor da bonificação dos créditos, que atualmente é de 30 euros por mês. Segundo noticiou o "Expresso" na passada sexta-feira, as conversas com a banca a este respeito têm incidido, também, sobre alargamento dos critérios de elegibilidade para a bonificação, de maneira a incluir mais clientes.