Os lucros da EDP afundaram 39% para 100 milhões de euros no primeiro trimestre face ao período homólogo, anunciou ontem a empresa. Os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) subiram 3% para 921 milhões de euros durante este período. A elétrica foi impactada negativamente por menos chuva e menos vento no primeiro trimestre, o que provocou um recuo de 13% na produção da EDP para 17.974 gigawatts hora até março. “Os benefícios da expansão do portfólio (41 milhões de euros) foram penalizados por um impacto negativo de 149 milhões de euros face ao período homólogo, causado pela fraca hidraulicidade e, de certo modo, fraca eolicidade: A hidraulicidade em Portugal diminuiu 48% e a eolicidade, em média, nas nossas geografias diminuiu 7%, face à média de longo prazo”, explica a EDP no comunicado divulgado quinta-feira, 16 de maio. Os resultados financeiros líquidos do grupo, incluindo associadas e ‘joint-ventures’, desceram 43% (para -180 milhões de euros até março). Estes resultados foram “penalizados por um efeito desfavorável em termos comparativos com o período homólogo do ano passado nos resultados com coberturas financeiras (-21 milhões face ao primeiro trimestre de 2018), pela adopção da IFRS 16 (-10 milhões face ao primeiro trimestre de 2018) e pelo ganho não recorrente registado no primeiro trimestre de 2018 na venda de uma participação de 20% no nosso projecto offshore no Reino Unido (15 milhões no primeiro trimestre de 2018)”. Neste período, a dívida líquida da empresa aumentou 268 milhões de euros para um total de 13.700 milhões de euros “reflexo de aceleração de crescimento e de pagamentos a fornecedores de imobilizado, enquanto o encaixe de transacções de rotações de ativos são apenas esperados nos próximos trimestres”. O resultado ficou abaixo da estimativa média de oito analistas que apontava para um lucro líquido de 116 milhões.