A bolsa de Lisboa ganhou 0,13% na sessão da última sexta-feira, até aos 6.182,07 pontos. O índice escapou assim à tendência negativa ditada pelas mais importantes congéneres europeias, na medida em que quase todas terminaram a semana a negociar em terreno negativo.
Por cá, os títulos da Galp valorizaram 2,48%, a beneficiar da subida dos preços do barril de petróleo. Seguiu-se a Mota-Engil, que avançou 1,74% na sessão e foi a grande vencedora da semana, com as suas ações a avançarem mais de 12% entre segunda e sexta-feira. No mesmo período, a empresa deu a conhecer o disparo de 154% nos lucros do primeiro semestre, depois de ter feito saber que assinou dois contratos no continente africano, no valor total de 945 milhões de euros.
Em sentido contrário ficou a Jerónimo Martins, ao derrapar 2,38%, ao passo que a Greenvolt tombou 1,36%.
Entre os mercados europeus, a sessão começou por levar os principais índices para o terreno positivo, mas os ganhos acabariam por se desvanecer e as principais praças encerraram a semana no 'vermelho'.
A única subida foi a do índice de Londres, que ganhou 0,39%. A negociar em terreno negativo ficou a Alemanha, ao escorregar 0,67%, Itália, que caiu 0,63% e Espanha, onde se observou uma derrapagem de 0,59%. As quedas mais ténues foram do índice agregado Euro Stoxx 50, ao regredir 0,36%, ao mesmo tempo que França contraiu 0,27%.
Em destaque pelos piores motivos ficou o sector automóvel, a dominar as maiores perdas do Euro Stoxx 50, que agrega meia centena de cotadas europeias líderes de vários sectores. É o caso da Volkswagen, que recuou 4,18%, ao passo que a BMW perdeu 3,06% e a Mercedes Benz tombou 2,49% na sessão de sexta-feira.
Do outro lado do Atlântico, em Nova Iorque, a bolsa de Wall Street encerrou com leves ganhos. Entre os principais índices, o industrial Dow Jones avançou 0,33% e o empresarial S&P 500 adiantou-se 0,18%. No sentido oposto ficou unicamente o tecnológico Nasdaq, a recuar 0,02%. A subida da taxa de desemprego nos EUA para 3,8% marcou o dia, com o mercado laboral a perder fôlego, o que terá dado algum ânimo aos investidores. De referir que a bolsa nova-iorquina faz hoje uma pausa, em virtude de ser feriado naquele país.
Hoje vai ser conhecido o Índice de Preços ao Produtor na zona euro em julho. Um indicador que pode auxiliar a inferir sobre o comportamento da taxa de inflação a curto prazo, numa altura em que se adensam os receios dos investidores. Na quinta-feira, o Eurostat divulgou dados que mostram o crescimento homólogo de 5,3% daquele indicador em julho, no bloco do euro, tal como já havia sido registado no mês anterior.