Skip to main content

Lagarde afasta cenário de recessão e China recupera ímpeto em dia misto

A responsável apontou para um cenário de inflação controlada "em tempo útil". As bolsas europeias terminaram a semana a negociar em terreno positivo, ao contrário do que aconteceu em Wall Street.

A Presidente do Banco Central Europeu (BCE) garantiu que a redução da inflação para menos de 2% vai ocorrer "em tempo útil". O discurso de Christine Lagarde teve lugar na sexta-feira e, juntamente com os bons sinais que chegaram da China, poderá ter ajudado a tranquilizar os mercados, num dia que foi positivo para as mais importantes bolsas europeias, mas de sentimento negativo em Nova Iorque.

https://jornaleconomico.pt/noticias/lagarde-promete-baixa-inflacao-em-tempo-util-e-diz-que-crescimento-fraco-nao-e-recessao/

Ainda assim, a bolsa de Lisboa contrariou o sentimento geral, com um recuo de 0,38%, até aos 6.203,91 pontos. As maiores perdas foram registadas pelos títulos da Altri, que tombaram 1,61%. Seguiu-se a Jerónimo Martins, ao resvalar 1,55%, assim como a Greenvolt, que derrapou 1,47%.

Por outro lado a Galp valorizou 1,05% em bolsa, a beneficiar da subida dos preços dos barris de petróleo, ao passo que a Ibsersol deu um salto de 0,87%.

Entre os mercados europeus, destaque para a praça de Paris, a adiantar-se 0,96%, seguida pela Alemanha, que somou 0,56%. O Reino Unido ganhou 0,45%, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50 encaixou 0,38%. As subidas mais ligeiras foram protagonizadas pelo índice italiano, em 0,08%, sendo que Espanha se ficou pelos 0,01%.

Voltando ao discurso de Lagarde, a responsável sublinhou a responsabilidade do BCE em conferir "estabilidade" aos preços e não fez quaisquer promessas sobre um prazo para colocar um travão à subida das taxas de juro. De recordar que no dia anterior, quinta-feira, aquele organismo cumpriu com as expetativas dos mercados ao fazer subir em 25 pontos base (p.b.) as taxas de juro de referência para entre 4% e 4,75%.

Da China chegaram números que surpreenderam os mercados, com a produção industrial a subir 4,5%, ao passo que os analistas estavam a apontar para um crescimento a rondar os 3,9%. Ainda assim, o sector imobiliário continua a atravessar dificuldades, na medida em que a venda de novas casas caiu a pique, em 19,3%.

Nos Estados Unidos Unidos, porém, o sentimento foi bem diferente, com o tecnológico Nasdaq a derrapar 1,56%, ao passo que o empresarial S&P 500 perdeu 1,22% e o industrial Dow Jones recuou 0,83% na sessão.

Na semana que agora arranca vamos ficar a conhecer a decisão da Reserva Federal norte-americana (Fed) sobre a taxas de juro. Será na quarta-feira, após uma reunião de três dias, que culmina com uma conferência de imprensa de Jerome Powell. Os analistas esperam que o Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) mantenha a taxa nos 5,25% - 5,50%.