"Uma revolução na construção". É com base nesta premissa que a Kōzōwood Industries dá o pontapé de saída na sua fábrica de casas em madeira customizáveis que será inaugurada esta quinta-feira e que conta com um investimento de 50 milhões de euros até 2025, por parte da promotora imobiliária Vanguard Properties (VP), da qual a Kōzōwood Industries é participada desde 2021.
Localizada em Esposende, o investimento na nova unidade de produção da Kōzōwood Industries comparticipado pelo PT2020 conta com uma área de 30 mil m2 e tem como objetivo estratégico de impulsionar a construção em madeira no país, e para os projetos imobiliários que tem em desenvolvimento, tendo a capacidade para construir estruturas em madeira para três casas por dia, num total de mil unidades anuais.
Fundada por Nuno Vale em 2015, a Kōzōwood Industries, antiga Black Oak Company, especializou-se na construção de estruturas em madeira para casas e edifícios, em woodframe e CLT (cross-laminated timber), totalmente personalizáveis.
Neste investimento de 50 milhões de euros está também incluída uma outra unidade fabril de CLT e de lamelados colados da Kōzōwood Industries, numa área de 10 mil m2, que inclui financiamento ao abrigo do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e que aumentará a produção total da empresa em, pelo menos, 50%, face aos níveis atuais e que será inaugurada até ao segundo semestre do próximo ano.
"Com a entrada da Vanguard Properties a Kōzōwood Industries consegue hoje posicionar-se para atacar os mercados internacionais e em termos sociais e públicos é uma revolução cultural, e uma revolução no que diz respeito à construção", referiu, em declarações ao Jornal Económico, Nuno Vale, fundador e CEO da Kōzōwood Industries.
Por sua vez, José Cardoso Botelho, CEO da Vanguard Properties, afirma ao JE que a entrada da promotora imobiliária na construção em madeira, através da Kōzōwood Industries, acabou por ser direcionada pelos projetos que a VP tem vindo a realizar na Comporta.
"Não havendo em Portugal quem estivesse a investir nesta indústria e nós quando queremos investir em alguma coisa, queremos fazê-lo sempre em grande escala, porque é a única forma de sermos competitivos neste sector", salienta José Cardoso Botelho.