Para as bandas dos Estados Unidos, 8 de abril foi um dia esquisito: contra tudo o que era de esperar – pelo menos numa análise externa à campanha para as primárias já em marcha e de onde sairiam os candidatos à presidência – o independente mas muito democrata Bernie Sanders desistiu da sua candidatura em favor do bem menos democrata (e até um bocadinho republicano) Joe Biden. Em poucos dias, todo o partido estava alinhado atrás deste último, num unanimismo nada tradicional (em 2016, Sanders e Hillary Clinton continuaram a odiar-se para além de todas as contagens) e que não enganava ninguém.