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João Rafael Koehler: O FC Porto "tem um problema de tesouraria muito grave”

O candidato a vice-presidente com o pelouro financeiro da lista de Pinto da Costa tem tudo previsto para reduzir despesas, começar pelos prémios da administração, e aumentar receitas, onde afirma existir grande margem de progressão.

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O vice-presidente para o pelouro financeiro da lista de Jorge Nuno Pinto da Costa à direção do FC Porto, João Rafael Koehler – que ‘herda’ o lugar ocupado até agora pelo antigo ministro e presidente da autarquia do Porto, Fernando Gomes – tem “o mesmo grau de preocupação” face às contas do clube que tinha há quatro anos. Mas, desta vez como responsável pelo pelouro, considera que o clube “não tem um problema financeiro muito grave, mas tem um problema de tesouraria muito grave”.

Adiantando que o CFO da SAD será José Fernando Figueiredo – ligado à génese da garantia mútua e tendo chegado a ser presidente do Banco de Fomento na fase do seu lançamento –  Koehler tem já estabelecido o ‘road book’ para retirar o clube dos apertos que se vêm manifestando há vários anos. E vai ‘atacar’ de duas formas: do lado da despesa – onde avulta a necessidade de os prémios da administração serem fortemente reduzidos – e do lado da receita. Onde, diz, a margem de progressão é muito grande.

Para isso, como explicou, tem várias decisões em carteira. Tendo explicado a razão pela qual o FC Porto quis captar o auxílio de uma empresa internacional especializada da maximização das receitas dos clubes de futebol (o grupo Legend), João Rafael Koehler explicou também o funcionamento do Cartão FC Porto Loyalty - Banco Digital – que irá tão longe quanto as parcerias que o clube entender formalizar.

Muito crítico da lista concorrente liderada por André Villas-Boas, antigo treinador da equipa de futebol – a quem não poupa acusações de amadorismo e desconhecimento, nomeadamente na área financeira – Koehler considera que a equipa tem, por outro lado, que se “internacionalizar”, através desde logo da aquisição de equipas mais pequenas em regiões que tenham a ver “com o mercado da saudade”. Já há uma lista para esse outro tipo de aproximação à concorrência – que Koehler entende não ser ainda tempo de revelar.

Em vista está também a questão dos direitos televisivos. E, neste capítulo, há a registar uma má notícia para a comunicação social: o possível vice-presidente com o pelouro financeiro considera que não há nenhum bom motivo para que o Porto Canal continue a ser financiado pelo clube. “Não temos de ter um canal de televisão para fazer política”, afirma.

E deixa ainda um reparo a André Villas-Boas: se não é realidade meramente virtual que o líder da lista concorrente consegue empréstimos a uma taxa próxima dos 5% “vou ficar sentado o dia inteiro à espera dele” para, em conjunto, e como dois bons portistas, contribuírem para o saneamento do clube.