A organização da ‘Final 8’ em Lisboa coloca um enorme desafio aos profissionais de marketing que estarão encarregues de, no mês de agosto, promover através de vários canais todo o potencial do turismo português e do país como um destino “safe & clean”. Daniel Sá, diretor-executivo do IPAM e especialista em marketing desportivo, define esta prova como “a melhor campanha publicitária dos últimos tempos” que vai colocar Portugal “na boca do mundo durante doze meses, criando um ruído positivo enorme e um impacto muito positivo”, sendo que esta final “vai ser vista por 800 milhões de pessoas”. No entanto, este especialista reconhece que o fator de se abrir o evento ao público vai fazer a diferença: “os desafios podem ser muito grandes de acordo com a quantidade de público, não só para a organização como para a polícia e entidades de saúde”. Sobre uma das grandes incógnitas em torno deste evento, ouvimos André Novais de Paula, especialista em marketing digital, que sublinha: “Isto pode correr mal para todos os lados”. “Se não temos adeptos estamos a passar uma imagem de que afinal não somos seguros, algo que não é bom, principalmente para um país que depende tanto do turismo. Temos inúmeros países que são concorrentes diretos de Portugal no turismo a dizer que não somos um país seguro e que não aceitam a nossa entrada no país deles. Isto pode atrasar ainda mais a recuperação deste setor”. E se a ‘Final 8’ for aberta aos adeptos? Outros problemas se colocam, na opinião de André Novais de Paula: “Vai ser muito complicado de controlar, principalmente com as decisões contraditórias que temos tido nas últimas semanas. As redes sociais são um autêntico barril de pólvora e tudo o que possa acontecer vai ter eco a nível internacional, já para não falar da projeção que as televisões vão dar a este evento”.