A criação de uma das mais recentes sociedades de advogados em Portugal, a Dower Law Firm, envolveu um investimento superior a 1,5 milhões de euros, revelou ao Jornal Económico (JE) o sócio fundador Eduardo Castro Marques. Aos 36 anos de idade, o advogado abandonou o escritório no qual se estava a destacar, a Cerejeira Namora Marinho Falcão, e levou consigo um grupo que se uniu nesta nova boutique.
“Em termos de investimento ainda não está tudo fechado, mas estamos sempre a falar de mais de 1,5 milhões de euros de investimento entre instalações, pessoas, equipamentos e aplicações informáticas. Portanto, na totalidade, é sempre um investimento bastante superior a 1,5 milhões de euros ou 2 milhões de euros”, disse Eduardo Castro Marques a propósito do projeto que foi formalmente apresentado este mês.
A Dower Law Firm, com sede no Porto e espaços em Lisboa e Funchal, tem agora uma equipa composta por 30 advogados, incluindo os quatro fundadores (Eduardo Castro Marques, Miguel Cunha Machado, Pedro Neves de Sousa e Nuno Sá Costa), associados, consultores e estagiários. A expectativa é que a faturação chegue aos 2 milhões de euros até ao final deste ano.
Em termos de área de prática, sobressaem quatro das mais tradicionais no Direito. “Tem sido sobretudo Fiscal, Societário, Público e Laboral. São estas as áreas de maior destaque nestes meses que consolidaram um pouco o nosso o crescimento”, conta o sócio fundador e managing partner ao JE sobre os departamentos de assessoria a clientes dos sectores público e privado.
“Queremos ser vetores de mudança e despertar consciências. Somos uma sociedade de advogados que presta um serviço one stop shop e de proximidade a clientes nacionais e internacionais, pretendendo ser parte da solução através de ideias disruptivas, estratégicas e inovadoras”, comentou aquando do arranque da firma, cujo nome “Dower” se deve ao facto de uma das traduções da palavra em inglês ser “talento”.
A propósito deste tema, a Dower Law Firm irá promover estágios de verão, estágios chamados “ADN Jurista” e estágios curriculares, workshops, palestras, formações, prémios universitários, visitas a tribunais e outras atividades para os aprendizes que serão o futuro da advocacia. Nesse âmbito, foram ainda assinados protocolos institucionais com a Universidade Católica Portuguesa e a Universidade Portucalense.
“Almejamos semear o conhecimento. Não só dos profissionais que trabalham connosco e dos nossos clientes, mas também da sociedade e da comunidade em que nos inserimos, com a qual nos comprometemos”, conclui.