Os dados revelados pelos Estados Unidos da América denotam uma aceleração da inflação em julho. Ainda assim, ficaram abaixo das expetativas que haviam sido delineadas pelos mercados e, talvez por isso, não parece ter mexido muito com a confiança dos investidores.
Trata-se de um crescimento homólogo à taxa de 3,2% (3,0% no mês precedente), face aos 3,3% que estavam previstos pelos mercados. A tendência de subida dos custos ganhou força a fechar o último dia da semana, quando "o índice de preços no produtor norte-americano aumentou mais do que o esperado no mês de julho, o que poderá indicar uma inflação mais persistente por mais tempo”, de acordo com a análise da corretora XTB.
Na última sessão da semana, o sentimento foi negativo entre os mercados europeus, com o índice de Lisboa a perder 0,57%. Lá fora, a Alemanha perdeu 1,05%, o índice de Madrid cedeu 0,76%, França desvalorizou 1,26% e o Reino Unido caiu 1,25%. Em foco estiveram os números do mercado imobiliário chinês que, de acordo com a mesma análise, causaram "receios", de tal forma que "as perdas acabaram por ser transversais a todos os setores".
Já esta segunda-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar os números relativos ao mês de junho no sector do turismo, numa altura em que se adensam as preocupações acerca das perdas do sector no sul do país.
A isto soma-se a divulgação de dados sobre o crescimento económico do segundo trimestre na zona euro, assim como a inflação e o comércio internacional, ao longo da semana. Para já, o bloco da moeda única continua a escapar à recessão, ainda que o clima de tensão seja cada vez mais evidente.
Nota ainda para a divulgação de números relativos ao sector do retalho, tanto nos Estados Unidos como na China.