A bolsa de Lisboa ganhou terreno na sexta-feira, já que o PSI avançou 0,46%, até aos 6.870 pontos. O índice registou melhor performance do que a generalidade das principais praças europeias, que encerraram sem uma reação expressiva aos dados da inflação. Na semana que agora se inicia, o destaque vai para a reunião do BCE.
Por cá, o INE divulgou a estimativa rápida referente à inflação em maio, com uma aceleração até aos 3,1% em termos homólogos. Ainda assim, os dados não parecem ter afetado os investidores, na medida em que a bolsa de Lisboa registou um dia positivo.
Entre as cotadas do PSI, os títulos dos CTT lideraram o dia, com uma subida de 2,22%, até aos 4,38 euros. Seguiu-se a Jerónimo Martins, que ganhou 1,78% e alcançou os 20,58 euros, ao passo que a EDP avançou 1,39% para os 3,731 euros nas negociações. A queda mais acentuada foi protagonizada pela Sonae, na ordem de 0,73%, para 0,948 euros.
Entre as mais importantes congéneres europeias, o sentimento foi misto, no mesmo dia em que a estimativa, dada a conhecer pelo Eurostat, indicou uma aceleração da taxa de inflação homóloga até aos 2,6% na zona euro em maio. De resto, a subida mais forte chegou de fora da moeda única, na medida em que o principal índice do Reino Unido (UK100), liderou as subidas, já que se adiantou 0,56%.
Seguiram-se França e Itália, ao ganharem 0,18% e 0,09%. Em sentido contrário, Espanha, Alemanha e o índice agregado Euro Stoxx 50 protagonizaram descidas na ordem de 0,17%, 0,09% e 0,05%, respetivamente.
Esta segunda-feira, o foco vai incidir sobre o sector industrial, já que vão ser divulgados os índices PMI do sector na zona euro e na UE, cujos dados serão dados a conhecer pelo Eurostat. Olhando para o resto da semana, o destaque vai naturalmente para a reunião do Banco Central Europeu (BCE), na qual vai ser definida a política monetária para o futuro mais próximo.
De referir que a generalidade dos analistas está a apontar para uma primeira descida nas taxas de juro de referência em vários anos. Em causa estaria a primeira alteração aos juros daquela instituição desde setembro de 2023, quando a taxa aumentou em 25 pontos base, até aos 4,50%, numa decisão que pôs fim a um ciclo de sucessivas subidas.