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Individualismo, desigualdade e solidão

É nos países mais desiguais que as pessoas mais acreditam na meritocracia. É onde há maiores diferenças entre ricos e pobres que encontramos mais pessoas a aceitarem que o mundo é justo e que com esforço qualquer um consegue chegar ao sucesso.

Há alguns dias deparei-me com um velho jornal do mês de abril onde vinha uma entrevista com o Bruno Lage, treinador do Benfica, em que ele afirmava: “os jogadores estão a fazer de mim um treinador”. É raro encontrar quem expresse uma consciência tão clara da importância dos outros para a sua própria pessoa. E, no entanto, a investigação desenvolvida no domínio da psicologia social tem mostrado que somos, em grande parte, o que os outros fazem de nós.

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