O Parlamento recebe, na próxima semana, um debate de urgência sobre a resposta aos incêndios, no qual estará presente Luís Montenegro.
A proposta havia sido apresentada pelo Chega e pelo PCP, com a conferência de líderes parlamentares a dar o aval à discussão esta quarta-feira. O debate está agendado para as 15h00 do próximo dia 27, quarta-feira.
"É uma decisão tomada por unanimidade", anunciou durante esta tarde José Pedro Aguiar-Branco, presidente da Assembleia da República, em declarações aos jornalistas, sublinhando a "vontade expressa" do primeiro-ministro em estar presente no debate parlamentar.
A presença da ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, na comissão permanente está por confirmar.
Questionado, o Governo assegurou hoje que está “desde o primeiro dia” a avaliar os prejuízos dos incêndios rurais no Centro e no Norte do país, tendo já realizado levantamentos para garantir o apoio rápido às populações afetadas.
José Luís Carneiro, secretário-geral do Partido Socialista (PS), opôs-se aos pedidos do Chega e do PCP para a realização do debate, tendo adiantado a intenção de votar contra as propostas. "O PS é contra a chicana política, numa altura em que se está a combater os incêndios que põem em causa a vida das pessoas e o seu património", justificou, esta terça-feira, José Luís Carneiro.
Dados provisórios desta quarta-feira apontam para mais de 222 mil hectares ardidos no país, acima da área ardida no ano passado.
Na terça-feira, o Governo garantiu estar a avaliar, "desde o primeiro dia", os prejuízos dos incêndios rurais no Centro e no Norte do país, nomeadamente em explorações agrícolas, habitações, indústrias e comércios.
De acordo com o Ministério da Economia e Coesão Territorial e o Ministério da Agricultura e Mar, os levantamentos estão a ser realizados pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro e do Norte, pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e por serviços regionais da Agricultura e Mar, em articulação com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a Proteção Civil.