No ano da graça de 2024, numa tarde de finais de setembro em que a chuva surprendeu os mais incautos, ou otimistas, nas ruas de Lisboa, a humidade, o ar suspenso e espesso tinham o seu quê de tropical. O clima, esse fenómeno incerto, alinhava-se com o ambiente do livro prestes a ser apresentado no Centro Cultural de Cabo Verde. “Amarelo Tango” chega às mãos dos leitores 28 anos depois de ter começado a ser escrito por Nicolau Santos, que nasceu “branco de segunda”, “calcinhas ou caluanda”, “com os pés no mar”, em São Paulo de Luanda.