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Herança: O que resta de Salazar em Portugal 50 anos depois da sua morte?

O ditador nascido em Santa Comba Dão e recrutado da Universidade de Coimbra liderou o país ao longo de 36 anos e terá morrido sem saber que fora substituído pelo seu ex-delfim Marcello Caetano. Aconteceu há meio século, mas não falta quem ainda hoje identifique resquícios da sua presença nas mentalidades e na vida política de um país aparentemente muito diverso.

Talvez ainda acreditasse que continuava a governar Portugal, mentira piedosa mantida pelos fiéis do regime ao longo de quase dois anos, apesar de Marcello Caetano o ter substituído após ter ficado mentalmente diminuído na sequência da célebre “queda da cadeira” no Forte de Santo António de Estoril, que lhe servia de residência de verão. Certo é que na manhã de 27 de julho de 1970, data que completa 50 anos na próxima segunda-feira, a morte levou António de Oliveira Salazar, presidente do Conselho de Ministros durante 36 dos seus 81 anos de vida, tardando pouco até que a ditadura de que se tornou sinónimo, embora fosse um professor de Finanças Públicas e não um dos militares que derrubaram a Primeira República, seguisse igual destino, a 25 de abril de 1974.

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