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“Hakotu Ba”: Timor-Leste celebra 25 anos de independência

Em 30 de agosto de 1999, o povo timorense foi chamado a votar o seu estatuto perante a Indonésia. O resultado foi esclarecedor, com 78,5% dos eleitores a rejeitarem a “autonomia especial” proposta. Após mais de 500 anos de domínio colonial e de 25 anos de ocupação brutal pelo regime de Suharto, a República Democrática de Timor-Leste goza de estabilidade política, mas continua com grandes desafios ao nível do desenvolvimento.

Este é um momento histórico. Acabámos de assinar três acordos sobre Timor-Leste entre a Indonésia e a Portuguesa”. Maio de 1999 estava a começar e Kofi Annan anunciava uma consulta popular que dava voz aos timorenses sobre o seu futuro. Três meses mais tarde, em 30 de agosto, 78,5% da população registada (344.580) pessoas votaram a favor da independência, rejeitando a proposta de autonomia especial como parte da Indonésia. Mais de dois mil observadores eleitorais acompanharam o referendo conduzido e certificado pela Missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNAMET), liderada pelo diplomata britânico Ian Martin. Os dias que se seguiram à consulta, cujo resultado foi anunciado no dia 3 de setembro, confirmaram a violência que se temia no pós-referendo, com origem em milícias pro-indonésia. A presença internacional de jornalistas e dos 2,3 mil observadores eleitorais mobilizados não travaram os atos de intimidação contra a população timoranse nem ataques contra escritórios da ONU. Perante a escalada de violência, foi estabelecida em Díli, por resolução do Conselho de Segurança da ONU, a Administração Transitória das Nações Unidas em Timor-Leste, liderada por Sérgio Vieira de Mello.

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