A bolsa de Lisboa não registou um sentimento definido na sessão desta segunda-feira, já que o índice PSI subiu 0,12%. O destaque vai para as cotadas do grupo EDP, que subiram mais de 2%, assim como a NOS.
A EDP liderou os ganhos, ao adiantar-se 2,98%, até aos 3,771 euros por ação, ao passo que a EDP Renováveis se adiantou 2,64% e as negociações atingiram os 13,40 euros. O sentimento positivo deverá estar ligado às boas expetativas do grupo para 2024.
Seguiu-se a NOS, ao encaixar 2,11%, até aos 3,29 euros. Este é um sinal de que os investidores tinham boas expetativas no que diz respeito à divulgação dos resultados da operadora. Os números foram conhecidos após o fecho dos mercados, com os lucros a recuarem 19%, até aos 181 milhões em 2023. A reação dos investidores vai ser conhecida a partir da abertura da sessão desta terça-feira.
Ainda entre os ganhos, seguiu-se a Mota-Engil. O grupo avançou com os números de 2023 durante a noite de domingo para segunda-feira e fez saber que os lucros subiram 120% em termos homólogos, para um total de 113 milhões de euros em 2023. Em resposta, foi notório o aumento de confiança da parte dos investidores, já que os respetivos títulos deram um salto de 0,87%, para 5,83 euros.
Em terreno negativo, a Jerónimo Martins derrapou 1,48% e encerrou nos 21,28 euros, enquanto as ações do BCP recuaram 0,98% para 0,262 euros. A Semapa perdeu 0,73% e ficou-se pelos 13,64 euros.
Entre as principais praças europeias, as sensações foram também de indefinição. Foram divulgados os índices de gestores de compras (PMI) de várias economias, entre as quais a da zona euro. As reações dos mercados fizeram-se notar, sendo que os máximos de nove meses atingidos em Itália e Espanha levaram os mais importantes índices de ambos os países às maiores subidas do dia.
A praça de Milão protagonizou o salto mais forte, na ordem de 0,70%, seguida pelo IBEX (principal índice de Madrid), que avançou 0,45%. Seguiu-se o Reino Unido, ao ganhar 0,08%. No ‘vermelho’, o índice agregado Euro Stoxx 50 caiu 0,43%, ao passo que França escorregou 0,30%. A Alemanha protagonizou o maior tombo ao nível dos PMI e o índice DAX recuou 0,12%.
As atenções dos mercados estão viradas para os dados referentes ao sentimento da economia da zona euro no quarto trimestre, dado que a divulgação do PIB naquele período está agendada para sexta-feira. Ainda antes, na quinta-feira, tempo para a reunião do BCE onde serão debatidas as taxas de juro. Os níveis das mesmas deverão manter-se, a julgar pelas expetativas da maioria dos analistas, mas poderá ser possível percecionar quando o Banco Central Europeu tem em vista proceder a um corte nos juros, que poderá acontecer na segunda metade de 2024.