Aregião do Grande Porto voltou a apostar na captação de investimento estrangeiro para o mercado imobiliário a partir do MIPIM - a Feira Internacional de Imobiliário que decorreu em Cannes, França, de 12 a 15 de março.
“Este é um projeto de absoluta continuidade e comprometimento entre os três municípios. Queremos trazer, de forma contínua, mais e melhor investimento para a nossa região”, referiu António Miguel Castro, presidente da GaiUrb na conferência do ‘Greater Porto’ realizada durante o evento.
Os três municípios apresentaram-se nesta feira com 15 entidades privadas nacionais e uma internacional devido aos negócios que efetua em Portugal. “Portugal é hoje já um porto de entradas de empresas que exportam e criam riqueza a partir do nosso território”, afirmou Ricardo Valente, vereador de economia da Câmara Municipal do Porto.
Com o mandato autárquico a terminar em 2025, o objetivo destes três municípios é fazer com que este projeto seja impossível de recusar a quem vier a seguir. “Esta coordenação entre os três municípios é mesmo para deixar marcas, para deixar um lastro nas nossas equipas e a vontade de as empresas participarem, porque também são um grande motor do processo”, explicou António Miguel Castro.
E a fasquia já está bem alta, isto porque depois de em 2022 as três autarquias terem captado no MIPIM mais de 100 milhões de euros de investimento para o mercado imobiliário, a ambição até 2030 é o de captar 10 mil milhões de euros.
“O investimento que aqui viemos tentar captar diz respeito a toda a fileira do mercado imobiliário, desde a logística, à indústria, hotelaria e todo o tipo de habitação”, salientou Pedro Baganha, vereador da área do urbanismo e habitação da Câmara Municipal do Porto, acrescentando que as especificidades e características de cada um dos três territórios permitem que a região do Grande Porto se apresente no MIPIM “como uma cidade global e com capacidade para atrair todo o tipo de investimento”.
Além dos 10 mil milhões de euros, as três autarquias colocaram em 2022 mais de cinco mil fogos no mercado, sendo que no ano passado o valor subiu para os seis mil fogos e têm como ambição a fasquia de 45 mil fogos durante os próximos seis anos, divididos entre construção nova e reabilitação.
As nacionalidades que predominam são a Alemanha, a França e o Reino Unido, seguidos de perto pelos EUA.
“Tivemos a instalação de empresas americanas e temos sentido uma presença cada vez mais forte não só na área da economia e investimento, mas também do turismo. O mercado dos Estados Unidos do ponto de vista da criação de valor interessa-nos muito”, destacou Marta Pontes, vereadora da área de incubação de empresas da Câmara Municipal de Matosinhos.