João Borges de Assunção, coordenador do Católica Lisbon Forecasting Lab (NECEP), que publica regularmente análises da conjuntura económica portuguesa, alerta para o risco de um crescimento de empresas zombies depois do fim dos apoios, assinalando dificuldades de separação entre as empresas zombie criadas pelas políticas públicas e as que já o eram sem elas. O economista que foi dean da Católica-Lisbon, entre 1996 e 2001, onde é professor associado, tem uma vasta experiência na área académica, empresarial e de políticas públicas, tendo sido consultor económico da presidência de Cavaco Silva entre 2006 a 2016 e assessor económico de Durão Barroso, entre 2002 e 2004. Em entrevista ao Jornal Económico, diz que a crise pandémica irá deixar “cicatrizes profundas”, considerando que as economias europeia e americana serão “fundamentais” no pós-pandemia “para suportar o crescimento também em Portugal”.
“Governo não pode lavar as mãos" na criação de empresas 'zombie'
Economista vê o PIB a regressar aos níveis pré-pandemia até ao verão de 2022, mas adverte para “cicatrizes profundas” da atual crise. E alerta para riscos políticos na atribuição de verbas do PRR.
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