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Governo angolano reconduz administração-executiva da Sonangol

Sebastião Gaspar Martins mantém-se como presidente. O decreto presidencial só regista duas alterações e entre os administradores não-executivos. Saem André Lelo e José Gime, entram Augusto Teixeira de Matos e André de Jesus Moda.

O presidente angolano, João Lourenço, reconduzir a administração executiva da petrolífera pública angolana Sonanagol para um novo mandato, apurou o Jornal Económico (JE).

Sebastião Gaspar Martins mantém-se como presidente, e Belarmino Chitangueleca, Baltazar Miguel, Jorge Barros Vinhas, Olga Miranda, Kátia Lutucuta e Osvaldo Inácio continuam como administradores-executivos.

O decreto presidencial só regista duas alterações entre os administradores não-executivos. Saem André Lelo e José Gime, entram Augusto Teixeira de Matos e André de Jesus Moda.

Mantêm-se como administradores não-executivos Lopo Ferreira do Nascimento e Bernarda Gonçalves Martins.

Caberá ao ministro dos Recursos Naturais, Petróleo e Gás dar posse à administração.

A Sonangol faz parte do ambicioso programa de privatizações que o governo angolano está a promover, estando prevista a alienação de parte do capital da petrolífera em 2026.

Em fevereiro, Sebastião Gaspar Martins explicou que está previsto dispersar na bolsa até 30% do capital da empresa, mas em tranches. “Não vamos colocar tudo de uma vez”, assegurou.

A consultora EY foi contratada para avaliar o grau de preparação da petrolífera e identificar os gaps em termos de práticas de gestão. A empresa está agora a trabalhar com a sociedade Rothschild nas questões da governance, porque a Sonangol quer ser cotada não só na bolsa local como numa bolsa no estrangeiro.

A Sonangol vai concluir a adopção das normas contabilísticas internacionais (IFRS) e está a trabalhar com a KPMG neste processo.

A petrolífera colocou, também, uma emissão obrigacionista e espera obter ratings por parte de agências internacionais de notação financeira no próximo ano.

O lucro da Sonangol caiu 41,5% no ano passado, face ao anterior, para 3,1 mil milhões de dólares (cerca de 2,8 mil milhões de euros), num ano que a petrolífera explicou ter sido marcado por “múltiplos desafios, cujas consequências têm sido visivelmente nocivas, à escala global”.

O volume de negócios caiu 18,6%, para 10,9 mil milhões de dólares (cerca de 10 mil milhões de euros.

Em comunicado, a petrolífera explicou que o desempenho operacional e financeiro foi impactado pela instabilidade geopolítica e o seu consequente e pelas consequências no comportamento dos mercados, que se refletiram no preço do barril de petróleo e na rentabilidade dos agentes económicos.