A decisão de encerrar a refinaria de Leça da Palmeira em Matosinhos, ao lado do Porto, segundo informações do Jornal Económico (JE), ocorrerá até junho-julho de 2021, coincidindo com a paragem final das fábricas dos aromáticos e dos óleos base, que será efetuada cerca de dois meses depois da unidade de refinação de combustíveis ter parado, o que acontecerá previsivelmente entre abril e maio de 2021. Com cerca de 470 trabalhadores vinculados à refinaria do Porto, o encerramento da área de refinação da unidade de Leça deverá afetar os mais de 300 trabalhadores que podem não ser reintegrados em outras áreas do grupo; afetará também as empresas que prestam serviços à refinaria de Matosinhos e que indiretamente envolvem cerca de mil trabalhadores; afetará uma parte considerável dos clientes da refinaria, com destaque para a indústria petroquímica, para o polo industrial de Estarreja e para a rede de postos que vendem uma média anual de 72 milhões de euros em produtos químicos e lubrificantes no mercado interno; e afetará o país, porque perderá exportações, numa média anual da ordem dos 479 milhões de euros, segundo dados internos das refinarias da Galp fornecidos ao Jornal Económico.
Galp ‘ignora’ 479 milhões de euros das exportações de Matosinhos
O encerramento da refinaria do Porto provocará um rombo próximo dos 480 milhões de euros nas exportações de Portugal, agravando as importações.
