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Fundir música comercial com o mundo alternativo

Carlo Rodrigues criou o projeto Krod porque queria algo próprio, independente. Mas, sem o vocalista Lee Jones, Krod não seria Krod. No dia 13 de agosto, a banda embarca para o cobiçado festival ‘Concertos L’, na Estalagem da Ponta do Sol.

Uma amizade de secundário deu origem à perfeita simbiose. Em conversa com o Económico Madeira, Carlo Rodrigues e Lee Jones falam das origens do projeto Krod, originalmente um projeto a solo de Carlo Rodrigues, conhecido entre os amigos por ‘Krod’.

“Krod é o meu nome artístico, mas se calhar deveria ser Krod ft Lee Jones…já me disseram que deveria trabalhar melhor essa parte”, brincou Carlo Rodrigues, deixando claro que cantar não faz parte do seu reportório de talentos. “Eu preciso de fazer música e sem o Lee não seria possível”. Em resposta, Lee Jones ironiza: “ou seja, #somosKrod”.

A ideia para um projeto próprio surgiu da ânsia de Carlo Rodrigues em transmitir uma visão própria na criação musical. Tendo já trabalhado como músico contratado e produtor para outros artistas regionais, eventualmente quis tecer um “momento” seu. “Quando nós produzimos ou tocamos outros artistas, servimos de ferramenta para tornar a visão deles possível. Mas eu sempre quis tornar a minha visão possível, ter espaço para poder fazer algo meu”, partilha, vincando, contudo, que tem uma grande paixão pela produção musical de outros artistas. “Krod surgiu muito assim na verdade. Só que eu não canto, daí que veio o Lee. Porque se cantasse então é que nunca na vida tinha chegado à Estalagem da Ponta do Sol”.

Por seu turno, Lee Jones confessa um sentimento semelhante: “Eu comecei a tocar aos 13 anos no clássico, mas depois fartei-me de ler partituras e aos 16 quis fazer uma coisa autodidata”, acrescentando que a partir daí foi participando em bandas de Rock e, mais tarde, procurou variar nos estilos musicais. “Entretanto quando estava no secundário conheci o Carlo”. E o resto é história.

Da produção, rumo ao palco. E é aqui que o vínculo entre os dois músicos torna-se mais evidente. “Em palco a representar o trabalho, não sou só eu. Para mim o mais importante é a experiência que as pessoas têm. A voz em Krod é o Lee”, sustenta Carlo Rodrigues.

Sobre o género musical de Krod, o consenso foi: Pop Rock Alternativo, e Darkwave. Carlo Rodrigues destaca influências do mundo do Rock e do Metal, mas também “coisas assim mais dark que não são propriamente comerciais. Eu quis juntar os dois mundos e quero fazer algo que tenha esse lado dark, que não é tão prometido no meio comercial, e sensibiliza-lo de uma forma que englobe um pouco do mundo comercial”. O músico cita três grandes influências: Bring Me The Horizon, Nothing But Thieves, e The Neighbourhood. Lee Jones destaca, por sua vez, que as suas influências como vocalista vão desde Chino Morano, dos Deftones, a Maynard Keenan, dos Tool e A Perfect Circle.

Quanto ao concerto na Estalagem da Ponta do Sol, o primeiro da banda naquele espaço, Lee Jones diz que a ideia de lá tocar provoca “um sentimento engraçado” de “algum nervosismo” mas que farão o máximo para disfrutar. Para Carlo Rodrigues, é um sonho concretizado. “Eu sempre sonhei, sendo músico e compositor, poder tocar ali. Acompanhei religiosamente muitas bandas que por lá passaram. Ter recebido um convite foi mesmo incrível. O público é que levou para o palco e isso para mim é muito especial”, orgulha-se.
O concerto de Krod será no dia 13 de agosto na Estalagem da Ponta do Sol. Os bilhetes podem ser reservados no site da Estalagem, e o pagamento é feito no evento, no valor de 10 euros.

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