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Funchal muda tudo em eleições de continuidade

Vitória de Pedro Calado pôs fim a um ciclo de oito anos de domínio da esquerda na capital. Praticamente mais nada se alterou nas outras câmaras municipais da região autónoma.

A vitória da Coligação Funchal Sempre à Frente (PSD-CDS), encabeçada pelo ex-vice-presidente do Governo Regional da Madeira, o social-democrata Pedro Calado, terminou um ciclo de oito anos em que o PS e outros partidos de esquerda, reunidos na Coligação Confiança, governaram a maior autarquia da região autónoma. A lista de centro-direita venceu com 46,98% dos votos e obteve maioria absoluta, com seis dos 11 vereadores no executivo camarário e 17 deputados na Assembleia Municipal, contra 16 da oposição, aos quais se juntam nove dos dez presidentes de junta de freguesia do concelho.
Aconteceu no domingo passado uma mudança com enormes implicações para a região autónoma, face ao peso da Câmara do Funchal, com o seu ainda presidente, Miguel Silva Gouveia a ser o único dos dez incumbentes que foram a votos - a exceção foi José Idalino Vasconcelos, cuja recandidatura à Câmara de Porto Santo chegou a ser anunciado pelo PSD, mas preferiu terminar a carreira política - derrotado nas urnas.
Oito anos após Paulo Cafôfo ter quebrado a hegemonia do PSD na Câmara de Funchal, vencendo as autárquicas de 2013 com uma coligação dominada pelo PS, o sucessor que deixou à frente da autarquia quando renunciou ao mandato para disputar as eleições regionais de 2019 não foi no domingo além de 39,72%, ficando 883 votos abaixo dos que reelegeram Cafôfo há quatro anos. A Coligação Confiança, que desta vez juntou PS, Bloco de Esquerda, PAN, MPT e PDR, só elegeu cinco vereadores.

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