Há cinco anos, a frente socialista europeia estava perante um cenário de elevado potencial: o socialista francês acabava de ganhar as eleições para a presidência e assumia o papel de líder do grupo de bloqueio às políticas liberais e excessivamente austeras do diretório de Berlim. Era só uma questão de tempo: Hollande seria o anfitrião das políticas da alternativa socialista, agenciaria outros protagonistas (como o italiano Mateo Renzi e, mais tarde, o grego Alexis Tsipras) e ficaria à espera que o SPD alemão arranjasse um candidato que tivesse aspirações legítimas de vir a derrotar a poderosa chanceler.