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Finais da Champions e da Liga Europa: O Brexit ao contrário

Duas finais europeias, quatro equipas inglesas (três das quais londrinas): Champions e Liga Europa. Nunca se viu nada assim no ‘Velho Continente’. A Premier League tomou a Europa de ‘assalto’ e gera receitas ímpares. A maior ameaça ao modelo de negócio é interna.

“No time for losers, ‘cause we are the champions of the world”. Em outubro de 1977, os britânicos Queen lançavam um dos hinos da história do rock e à falta de títulos ao nível das Seleções, o ‘orelhudo’ tema interpretado por Freddy Mercury espelhava o domínio avassalador dos clubes ingleses no continente europeu já que entre 1977 e 1981 Liverpool e Nothingham Forest dominavam o ‘Velho Continente’ e a sua principal competição: a Taça dos Campeões Europeus. Numa altura em que o Reino Unido parece, a cada dia, mais distante da União Europeia, a lógica do futebol faz questão de contrariar a realidade e coloca as equipas britânicas nas duas finais europeias (algo nunca visto) na ribalta da Liga dos Campeões. Duas equipas que há muito não sabem o que é ser a melhor em Inglaterra. O Wanda Metropolitano, em Madrid, recebe Liverpool e Tottenham para uma final que pode dar o título de campeão europeu aos reds (que foram campeões pela última vez em 1990) ou aos spurs, cujos adeptos já não vêm o clube ganhar o campeonato desde 1991. Em 1977, vivia-se a época do kick and rush (que iria durar mais uns anos), os estádios ingleses eram autênticos pesadelos para as equipas europeias que ousavam contrariar o entusiasmo britânico e a forma de jogar pouco convencional. Como não há domínio que perdure, italianos, espanhóis e alemães começaram a mostrar argumentos e o futebol inglês perdeu-se numa teia de problemas que fez com que os britânicos tivessem que reinventar o modelo de negócio.

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