O Banco de Portugal e a Fidelidade assinaram hoje um memorando de entendimento que estabelece as bases para a aquisição de um edifício localizado nos terrenos da antiga Feira Popular (na Parcela A da Unidade de Execução de Entrecampos), em Lisboa.
O acordo anunciado em comunicado é o culminar de "um extenso trabalho de análise técnica, funcional e jurídica, envolvendo equipas de ambas as entidades, reflete o interesse do Banco de Portugal em ali concentrar os seus escritórios em Lisboa e o compromisso da Fidelidade em concretizar a transação", refere o banco.
"A respetiva formalização está sujeita à conclusão satisfatória das negociações e à obtenção das aprovações necessárias", refere o banco central.
"O projeto apresenta uma infraestrutura moderna e funcional com os mais altos padrões de sustentabilidade, numa localização central com grande acessibilidade, integrada e aberta à comunidade, devendo estar concluído no terceiro trimestre de 2027" explica o BdP.
De acordo com o BdP a concretização desta aquisição "vai ao encontro das necessidades do Banco de Portugal nos planos funcional e institucional e representa o culminar de um processo com várias décadas de procura da melhor solução para uma localização única do espaço de escritórios na cidade de Lisboa".
A Fidelidade acrescentou num comunicado enviado posteriormente, que este empreendimento conta com a participação dos arquitetos Ana Costa, Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto de Moura, "ambos laureados com o Prémio Pritzker, responsáveis pelos edifícios residenciais".
"Os edifícios de escritórios e comerciais foram desenvolvidos pelo atelier internacional de arquitetura KPF e pelo gabinete português Saraiva e Associados, que contribuíram para o planeamento e harmonização urbana do projeto", refere a companhia de seguros.
O Banco de Portugal já tinha anunciado que vai temporariamente mudar do edifício da Almirante Reis para o Edifico Álvaro Pais, conhecido como Edifício Marconi, em Entrecampos.
"O Edifício Marconi é uma solução temporária, que não envolve a aquisição”, disse no ano passado o Governador do Banco de Portugal, Mário Centeno.
