Meio milhão de compradores voltam a ser esperados no mesmo Parque Eduardo VII que todos os anos sobem e descem, quais andorinhas humanas com extrema falta de pontualidade, mas a 89.ª edição da Feira do Livro de Lisboa, que arrancou nesta quarta-feira e só encerra a 16 de junho, ficará marcada por duas novidades que refletem o zeitgeist da capital portuguesa: parques para estacionar as bicicletas de quem se desloque de forma “descarbonizada” e a distribuição de 60 mil sacos de papel reutilizáveis representam a forte aposta na sustentabilidade. Ambiental, neste caso, apesar de boa parte das editoras que ocupam os 328 pavilhões (mais 32 do que em 2018) costumarem estar mais concentradas na sustentabilidade económica de um negócio em que a palavra crise raramente sai de circulação.