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“Faço um balanço muito positivo do modelo de gestão que adotámos há 20 anos”

Entrevista com Pedro Norton, presidente do Conselho de Administração da Quinta da Alorna A propriedade de 2600 hectares, situada perto de Santarém, foi fundada por D. Pedro de Almeida, que recebeu de D. João V o título de marquês de Alorna, como recompensa pela conquista de uma praça-forte indiana com o mesmo nome. Na posse da família Lopo de Carvalho há cinco gerações, é hoje um projeto que visa combinar a tradição secular com a modernidade das novas tecnologias.

Há mais de 20 anos que se procedeu à transição do modelo de gestão da Quinta da Alorna. Entre outras coisas, os membros da família proprietária não têm cargos executivos ou remunerados. A que se deveu essa mudança na forma de gerir a empresa e que balanço faz?
Foi uma decisão muito difícil. Na altura tratava-se de fazer a transição de um modelo de “quinta” gerido pela família para um modelo empresarial mais ambicioso que reclamava uma equipa de gestão profissional. Havia e há, obviamente, gente muito qualificada na família. Mas a verdade é que num contexto familiar, por vezes é difícil arbitrar, de forma objetiva, quem são os mais qualificados. A emoção tolda muitas vezes a razão. Faz parte da natureza humana. Acresce que era preciso atrair talento externo e era preciso que os profissionais que queríamos recrutar acreditassem na nossa determinação em profissionalizar a gestão. Na altura entendemos que a única forma de fazer a transição entre modelos era fazer a rutura total e retirar a família da gestão executiva e de quaisquer cargos na empresa.

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