Portugal terminou o ano passado a registar um novo recorde nas exportações de cortiça, com um valor histórico de 1.232 milhões de euros. Já em 2022 o país alcançou o valor nunca antes atingido de 1,2 milhões de euros, superando valores pré-pandemia. Com este crescimento, o sector aproxima-se do objetivo traçado pela Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR) de chegar aos 1.500 milhões de euros de exportações em 2030.
Segundo os dados divulgados pela APCOR, as exportações para os Estados Unidos ultrapassaram pela primeira vez a barreira dos 200 milhões de euros, chegando aos 214 milhões e consolidando o segundo lugar no top das exportações portuguesas, ficando atrás de França, que já ocupa o pódio há vários anos.
O mercado dos Estados Unidos tem vindo a crescer, uma vez que é uma das maiores economias mundiais e dos maiores consumidores de vinho.
Também a balança comercial registou bons resultados, tendo atingido os 938 milhões de euros, ultrapassando assim, pelo terceiro ano consecutivo, os 900 milhões de euros.
A principal forma de exportação de cortiça foram as rolhas, tendo superado, pela primeira vez, os 900 milhões de euros e registado um aumento de 2,1%.
De acordo com dados do Turismo de Portugal, o nosso país é líder mundial na produção de cortiça natural, tendo uma área de sobreiros que equivale a um quarto da existente no planeta. E é responsável por mais de 60% do volume de todas as exportações desta matéria.
João Rui Ferreira, secretário-geral da APCOR, considera que estes resultados “confirmam a resiliência das nossas empresas, suportada pela performance dos seus produtos e pela estratégia de valorização de toda a fileira”.