Num quadro em que a Líbia está soterrada no caos, a Tunísia experimenta uma deriva autocrática pela mão do seu presidente Kais Saied, a Argélia continua pouco confiável e o Egipto passou a ser uma das prioridades externas do novo governo italiano, Marrocos é – para além de todas as razões históricas – a única opção espanhola para manter uma importância estratégica ‘que se veja’ no lado sul da bacia mediterrânica. Com o fantasma da imigração sempre presente e a crise energética a ajudar – transformando o Mediterrâneo num mar cada vez mais apetecível, para felicidade de turcos, gregos, israelitas e franceses (estes por via do Líbano) – a Espanha não tem como recuar.