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Emprego ganha força nos EUA e gera receios mas Europa resiste

O número de novos postos de trabalho em setembro surpreendeu os mercados, e indicia nova subida das taxas de juro de referência. Ainda assim, os principais índices europeus avançaram nas últimas horas da sessão de sexta-feira e encerraram no 'verde'.

O emprego nos Estados Unidos da América surpreendeu pela positiva, ao registar em setembro um crescimento bastante acima do expectável. Os números revelam resistência das empresas ao cenário de subida da inflação e aumento das taxas de juro, pelo que levam a querer a novo endurecimento da política monetária da Reserva Federal (Fed).

https://jornaleconomico.pt/noticias/eua-criacao-de-emprego-aumenta-quase-o-dobro-do-estimado-em-setembro/

Assim sendo, os dados divulgados pela MTrader indicam 263 mil novos postos de trabalho (estimavam-se 160 mil) nos EUA. Números em teoria positivos, mas que geram desânimo entre os investidores, de tal forma que empurraram as mais importantes praças europeias para o 'vermelho' pouco depois do meio da sessão.

Apesar de tudo, as últimas horas foram positivas, com os investidores a recuperarem os níveis de confiança, a julgar pela recuperação dos mais importantes índices, que encerraram a sessão com ganhos.

A bolsa de Lisboa seguiu pelo mesmo caminho e terminou a sessão de sexta-feira a ganhar 0,43%, para os 5.888,35 pontos, com destaque para a Mota-Engil, que valorizou 4,29% e o BCP, ao subir 3,15%. Seguiu-se a Galp, que avançou 0,98%, agora em 13,43 euros, a beneficiar da subida que se verificava no preço a que estavam a ser negociados os barris de petróleo quando terminou a sessão.

Em sentido contrário, os títulos da Jerónimo Martins escorregaram 1,78%, para 19,90 euros.

Lá fora, entre os índices europeus, a subida mais acentuada foi registada na praça de Milão, em 1,14%, ao passo que o índice agregado Euro Stoxx 50 avançou 1,10%, seguido de perto pela Alemanha, que somou 1,06%. Mais atrás, França subiu 0,88% e Espanha adiantou-se 0,85%. A subida mais ligeira foi a do Reino Unido, com um salto de 0,55%.