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"Em Portugal não se faz um bom planeamento estratégico da força de trabalho", diz João Günther Amaral

A formação é "um dos maiores elevadores sociais" e fundamental para dar resposta a um mundo de trabalho em revolução, mas havia uma falha no modelo adotado. Surgiu assim o Pro_Mov, que junta empresas portuguesas ao IEFP na elaboração de cursos já a pensar no futuro no mercado laboral.

O mundo de trabalho está em transformação e as profissões que hoje existem provavelmente não serão as mesmas que estarão disponíveis no futuro. Mas, perante essas alterações, Portugal tem falhado no planeamento estratégico da sua força de trabalho, avisa João Günther Amaral, membro da comissão executiva da Sonae e líder do conselho coordenador do Pro_Mov, programa de requalificação de pessoas em situação de desemprego ou em risco de perder o seu posto de trabalho.

Em entrevista ao Jornal Económico, o responsável salienta que, num mundo em mudança, a formação "é essencial", mas admite que havia uma "falha no mercado": "havia muita formação para pessoas desempregadas ou em risco de perder o emprego, mas essa formação, no final, não avaliava se tinha o resultado desejado".

Para dar resposta a essa insuficiência, e no âmbito da iniciativa europeia Reskilling 4 Employment concebido pela European Round Table for Industry, surgiu o Pro Mov, um programa de requalificação que junta as empresas (a Sonae foi uma das fundadores, tal como a Nestlé e a SAP) ao Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e oferece a quem tenha mais de 18 anos a possibilidade de frequentar cursos.

Neste momento, há sete disponíveis, sendo que as inscrições podem ser feitas online. O modelo da formação está também a ser repensado, reconhece o João Günther Amaral, que sinaliza que podem vir aí formações em regime híbrido ou remoto.