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Eles sabem porque não ficam em casa

Hong Kong, Irão, Catalunha, França e América Latina compõem a geografia da rua como instrumento político. E válvula de escape de todos os regimes.

Por definição, é nas ruas que a coisa social acontece e foi em primeiro lugar nas ruas que aconteceram muitos dos sucessos que acabariam por mudar a face do mundo. Mas tudo isso foi há muito tempo. Depois, a vontade das ruas foi substituída por um avatar que podia ter tomado o nome de democracia por subscrição mas que se chamou apenas democracia, e que fez transitar a vontade de cada um para alguém que a represente, retirando a democracia das ruas e encafuando-a numa sala a que alguém chamou parlamento e onde preferencialmente não cabia mais ninguém senão os eleitos – eles próprios pares entre si, alegando públicas virtudes e reservando pecados, se acaso cometidos, para a esfera privada. E a rua ficou vazia.

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