Aparentemente, não se passa nada na Grécia: a poucas semanas das eleições gerais, que terão lugar a 21 de maio – numa altura em que provavelmente os gregos ainda não conhecerão aquilo com que podem contar dos seus belicosos vizinhos turcos – as sondagens são, ao contrário do que se passa em quase todas as latitudes (como sucedeu mais recentemente na Finlândia), uma sucessão de linhas paralelas que raramente se cruzam. Ou seja, a posição relativa de cada uma das formações é extremamente estável, e o mais improvável é que qualquer dos partidos troque de lugar com a concorrência na segunda-feira, 22 de maio. Serve isto para dizer que é com grande probabilidade que o atual primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, e o seu partido (o Nova Democracia, ND), terão pouca ou nenhuma dificuldade em renovar a maioria absoluta com que contam atualmente (158 lugares num parlamento de 300).