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Eleições: De Évora a Trás-os-Montes, o roteiro dos oito candidatos no primeiro dia de campanha

Foi no Norte do país que os líderes dos dois maiores partidos deram início à campanha eleitoral para as legislativas que se estende até ao dia 8 de março, antevéspera das eleições.

Foi no Norte do país que os líderes dos dois maiores partidos deram ontem início à campanha eleitoral para as legislativas que se estende até ao dia 8 de março, antevéspera das eleições.

A agenda do secretário-geral do Partido Socialista (PS) começou em Matosinhos, num almoço-comício, onde Pedro Nuno Santos se pronunciou, perante cerca de duas mil pessoas, sobre algumas das prioridades para o país, sem deixar de aludir às "conquistas de Abril".

"Temos o dever de defender Portugal, de defender o Estado social, de defender as conquistas de Abril no ano em que comemoramos os 50 anos da revolução. Agora somos nós e os portugueses, não há cá intermediários", defendeu Pedro Nuno Santos durante o evento que contou com a presença do cabeça de lista do PS pelo Porto, Francisco Assis.

"Lutar por Portugal não é uma opção mas um dever; defender Portugal dos ilusionistas das direitas não é uma opção mas um dever; defender o Serviço Nacional de Saúde (SNS) daqueles que o querem entregar aos privados não é uma opção mas um dever", afirmou.

Do lado do maior partido da oposição, Luís Montenegro rumou a Trás-os-Montes, mais precisamente a Mirandela, onde militantes, simpatizantes e outros curiosos o aguardavam, no Largo 1.º de Janeiro. A cerca de 150 quilómetros, na Maia, o líder social-democrata cumpriu o segundo ponto de passagem da sua agenda política, na Quinta do Geraldino, em Gemunde, freguesia conhecida por ter a rua mais longa de Portugal. Da parte da tarde, a comitiva de Montenegro partiu para Vila Real, para um comício que arrancou às 16 horas, no Teatro Municipal daquele concelho.

Montenegro assumiu um "compromisso de honra" com pensionistas e reformados, prevendo o aumento do valor de referência do Complemento Solidário para Idosos (CSI).

"Eu quero dizer-vos, nós somos a mudança segura. Nós não somos uma aventura e não prometemos aquilo que não podemos cumprir(…) Não vai ser de um dia para o outro, vamos ter de implementar uma cultura de mudança, de ambição, de transformação; alguns resultados vão demorar algum tempo a chegar à vida quotidiana das pessoas, mas vão chegar", afirmou o social-democrata.

Ainda no Norte, Lousada recebeu uma arruada organizada pelo Chega, seguida de um comício com jantar na Quinta da Ponte e, no Porto, o Teatro Municipal Rivoli acolheu o comício da CDU.

A Sul, a Iniciativa Liberal escolheu Évora para iniciar a sua campanha, dedicando o primeiro dia ao tema da educação. Durante a manhã, Rui Rocha esteve presente num encontro com a Associação de Pais da Escola Básica 2.3 de Azeitão, no exterior da escola. Mais tarde, com reserva feita no Restaurante Dona Isilda, em Palmela, o líder da IL participou num almoço/debate dedicado à educação, com a presença da deputada e cabeça de lista por Setúbal, Joana Cordeiro, bem como de Pedro Brinca, do economista e cabeça de lista de Coimbra, e de Pedro Santa Clara, Professor Catedrático de Finanças na Nova School of Business and Economics. A agenda de Rui Rocha terminou em Évora, com uma visita ao Parque Tecnológico de Ciência e Tecnologia.

Rui Rocha revelou que o partido ambiciona crescer 50% nas eleições legislativas e eleger 12 deputados. "Nós queremos crescer, mal estaria que o partido do crescimento económico não tivesse também a ambição de crescer e, portanto, a aposta é clara: nós queremos crescer 50% relativamente às últimas eleições", explicou à margem de uma reunião no Parque Tecnológico de Ciência e Tecnologia, em Évora.

O dia do Bloco de Esquerda começou na "capital do vidro", onde Mariana Mortágua se encontrou com um grupo de utentes do Serviço Nacional de Saúde, no Centro de Saúde da Marinha Grande. À imagem da maior parte dos partidos, o BE organizou um almoço-convívio, que decorreu em Viseu, na Quinta de Santa Comba.

"Virar a página da maioria absoluta e impedir o retrocesso à direita", foi uma das premissas defendida pela economista, aproveitando o primeiro dia de campanha para lançar fortes críticas à direita. "Tomem nota: não há nenhum erro, não há nenhum atraso da maioria absoluta [do PS] que os partidos da direita não pretendam agravar em Portugal. Vão agravar todos. Não resolvem problema nenhum do país. Nenhum problema do país será resolvido pela direita", afirmou.

Por fim, tanto o Livre com o PAN escolheram a capital para darem o pontapé de saída na campanha eleitoral. Pelas 17h, Rui Tavares marcou presença no Teatro Thalia, na festa-comício de início de campanha do partido que fundou há dez anos. A marcar a diferença, o partido liderado por Inês Sousa Real organizou uma "Cãominhada", com veganic, no Parque das Nações.

Sobre o acto eleitoral, o Ministério da Administração Interna anunciou o início das inscrições para a votação em mobilidade, prevista até 29 de fevereiro.