Skip to main content

Edmundo González, um candidato mais ou menos por acaso

Edmundo González Urrutia ficou muito admirado quando, tendo sido solicitado para assinar um documento a entregar ao Conselho Nacional Eleitoral, descobriu que dele constava o seu nome como candidato da Plataforma Unitária Democrática (de oposição) às presidenciais da Venezuela.

Mais admirado terá ficado quando percebeu que pelo menos 60% da população com direito a voto – e muitos milhares, os que vivem fora do país, não têm – pretende votar nele para substituir Nicolás Maduro, uma caricatura mais anafada e sem carisma de Hugo Chávez, que se mantém no poder contra quase tudo e quase todos. Estando a falar-se da Venezuela, as sondagens não querem dizer nada – não só porque as sondagens querem dizer cada vez menos em todo o lado (a França é a prova mais recente), mas principalmente porque o regime tem nas mãos a capacidade (e a vontade) de subverter a realidade em favor dos seus registos particulares. Tanto assim é, que, recorrendo a pantominas jurídicas ou a contingências processuais infantis, tratou de afastar todos os candidatos da oposição que lhe causavam algum tipo de temor. Foi assim com María Corina Machado, Corina Yoris, Ramón Guillermo Aveledo ou Manuel Isidro Molina, entre outros.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico