Há um ano apontou como meta que o Investimento Direto Estrangeiro (IDE) atingisse 65% do PIB até 2020. Essa meta mantém-se?
É uma meta que se mantém válida. Significa até 2020 aumentar em cinco pontos base o peso do stock do investimento estrangeiro em Portugal, ou seja, que o investimento que vem seja consideravelmente superior à depreciação do investimento. É um objetivo ambicioso. O investimento na economia real tem vindo a aumentar. Em 2018, a AICEP teve um grande ano de investimento, o melhor dos últimos dez anos. Já fechámos 2,7 mil milhões de euros de investimento nesta legislatura. Não só português, mas português e estrangeiro, de 20 proveniências diferentes. Esse aspeto terá uma tradução inexorável no aumento do stock de produto do IDE. Há investimento que não estamos a contratualizar, mas que já vem por méritos próprios do país, sem prejuízo da contratualização de incentivos financeiros ou fiscais. Quando a Google vem para Portugal, quando a Daimler Trucks escolhe Portugal para um centro de engenharia, quando a Volkswagen escolhe fazer aqui um centro de engenharia, quando a Cisco aumenta 200 postos de trabalho com um novo centro de apoio ao cliente, estamos sempre a falar de investimento que foi acompanhado por nós, mas que não foi contratualizado. Há mais investimento que está a chegar.