Os sindicatos dos bancários da UGT - Mais Sindicato, Sindicato dos Bancários do Norte (SBN) e Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) – enviaram uma carta às organizações sindicais internacionais apelando ao seu apoio e à sua intervenção junto de Ana Botin, CEO do grupo Santander, bem como da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE). O objetivo é que a Confederação Europeia de Sindicatos (CES), Confederação Sindical Internacional (CSI), UNI (Federação Sindical Internacional da área de Serviços) apresentem queixa junto daquelas entidades contra os despedimentos no BCP e Banco Santander Totta (BST) devido à “repressão laboral e de chantagem” para com centenas de trabalhadores que, segudo dizem, arriscam ser alvo de um processo unilateral.
“A queixa terá por base a pressão que está a ser feita sobre os trabalhadores, forçando-os a aceitar sair por rescisão ou por reforma antecipada. Está em causa uma agressividade nos cortes de pessoal com um número elevado de pessoas que estes bancos querem reduzir num espaço curto de tempo, nomeadamente no Santander onde se pretende reduzir de um momento para o outro 25% de efetivos”, num total de 1200 até ao final do ano, disse ao JE António Fonseca, líder do Mais Sindicato (ex-Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas). O mesmo responsável adiantou que a carta foi enviada esta semana pela UGT às organizações sindicais internacionais e revelou que, a pedido da UGT, os três sindicatos têm agendada para 15 de setembro uma cimeira com a UGT espanhola e os delegados sindicais do Santander Espanha, para debater o tema
A reestruturação do Santander Totta prevê a saída de 685 trabalhadores por rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas, tendo já chegado a acordo com 455 pessoas. O Mais Sindicato fala de um “processo unilateral” que abrangerá 240 trabalhadores. Já o BCP anunciou, há duas semanas, que vai avançar para o despedimento de até 100 trabalhadores, após ter acordado cerca de 800 rescisões.