O imprevisível aumento da fatura energética na indústria – patrocinado em exclusivo pela resposta alemã à invasão da Ucrânia por parte da Rússia – e o mais que previsível impacto da concorrência da produção do setor automóvel chinês, nomeadamente na área dos carros elétricos, fizeram a ‘tempestade perfeita’ que lançou a poderosa Volkswagen numa deriva que aponta perigosamente para o encerramento das suas operações. A primeira consequência foi o fecho de uma das unidades de produção da Alemanha, “o que não é necessariamente mau”, refere o economista João Duque em declarações ao JE. A decisão “quer dizer que o problema foi detetado a tempo” e que a administração está a agir em conformidade. A alternativa era não fazer nada, empurrar o problema para a frente e mais tarde “encarar a possibilidade da falência”, sentencia João Duque.