A decisão do governo italiano de aligeirar o impacto do imposto sobre os lucros extraordinários da banca tranquilizou os investidores, depois das perdas acentuadas de terça-feira. Este foi o mote para um dia positivo nos mercados.
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Itália anunciou ontem o novo imposto, gerando enormes inseguranças na banca italiana e em toda o sector bancário europeu de uma forma geral. Porém, já na terça-feira e menos de 24 horas depois, fez saber que o mesmo não poderá superar 0,1% dos ativos totais dos credores, o que gerou ganhos nas mais importantes praças europeias. Exemplo disso é precisamente a bolsa de Milão, que ganhou 1,45%, tratando-se da subida mais acentuada entre as principais praças europeias.
Entre as restantes congéneres europeias, o Reino Unido deu um salto de 0,83%, França subiu 0,72% e o Euro Stoxx 50 avançou 0,65%, ao mesmo tempo que Espanha valorizou 0,56%.
Por cá, a bolsa de Lisboa cresceu 0,30%, com destaque para a Galp, que avançou 1,86%. Seguiu-se a Ibersol, que ganhou 1,19%, até aos 6,78 euros, ao passo que a NOS valorizou 0,84%, para 3,35 euros. Por outro lado, a Jerónimo Martins foi protagonista da queda mais acentuada, em 0,74%, para 24,22 euros.
Os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) terão tido impacto na variação em causa, com o desemprego no segundo trimestre a crescer 1,1 pontos percentuais (p.p.) face a igual período do ano passado, para os 6,1%. Ainda assim, trata-se de um decréscimo de 0,4 p.p. face ao trimestre anterior.
No que diz respeito à balança comercial, os valores divulgados na quarta-feira retratam uma redução do défice da balança comercial no mês de junho em 496 milhões de euros face ao mesmo mês de 2022, para um total de 2.122 milhões de euros.