A economia do cuidado, em que a mulher é protagonista, não entra nas contas mas faz a diferença: esta foi uma das mensagens deixada por Débora Katisa Carvalho, primeira-dama de Cabo Verde, na segunda edição do "Forbes Women's Summit", que decorreu esta terça-feira em Lisboa.
No entanto, esta gestora destacou que a economia do cuidado coloca as mulheres num cenário em que o salário é mais baixo, as horas de trabalho são mais e em que as mulheres são deixadas "fora do mundo dos negócios".
A edição 2024 do Forbes Women’s Summit terá como mote “O Poder da Diferença” e reunirá líderes e agentes de mudança para discutir os desafios e oportunidades para a implementação eficaz da igualdade (de condições e oportunidades) de género em Portugal, realçando o poder das mulheres neste caminho.
"África é um continente de muita diversidade, de 54 países. África parece que é como um todo e que é tudo igual. Não é assim. Os desafios da mulher africana são diferentes e por isso a receita para os desafios é diferente. Em África, ainda temos que nos debater com o tabu menstrual que deve ser visto como algo natural", referiu.
"Tivemos o exemplo do Covid: na economia do cuidado, é sempre a mulher que surge como cuidadora. Também fazemos a diferença na política com Governos com ministras que foram importantes em pastas como as Finanças e Defesa. Economia do cuidado não entra nas contas mas faz a diferença", realçou esta responsável.
Débora Katisa Carvalho referiu que "no Covid, os Governos dirigidos por mulheres tiveram sucesso no combate à pandemia. Em Portugal, tivemos a ex-ministra da Saúde a fazer um excelente trabalho".
