Há 20 anos, o relacionamento económico luso-chinês caracterizava-se essencialmente por um comércio de bens de consumo tradicional. A evolução foi notável e profunda, transcendendo em muito a mera troca comercial para assentar num investimento estratégico de largo espectro.
Estes investimentos constituíram a primeira — e crucial — fase de uma parceria estratégica. Trouxeram consigo capital paciente de longo prazo, introduziram práticas de governança corporativa robustas, conferiram uma dimensão internacional às empresas portuguesas e geraram emprego qualificado e valor acrescentado em Portugal. Foi esta fase que demonstrou, de forma inequívoca, a credibilidade de Portugal como destino de investimento e a seriedade e visão estratégica dos investidores chineses.
Da cordialidade histórica à plataforma de execução estratégica
A recente visita do primeiro-ministro, Luís Montenegro, à China, não foi um mero ato diplomático de circunstância, foi o ponto de inflexão que confirmou a maturidade e a ambição de uma parceria estratégica que celebra este ano as suas duas primeiras décadas.
