Pode o Governo aumentar pensões, devolver salários, eliminar a sobretaxa de IRS, reduzir o IVA da restauração e, mesmo assim, conseguir reduzir o défice em mais de 1.500 milhões de euros? Pode, mas com muita criatividade à mistura e não menos riscos. A consolidação orçamental que as Finanças propõem fazer no próximo ano assenta praticamente toda no contributo da economia, em dividendos do Banco de Portugal e na recuperação de garantias estatais dadas ao BPP. E aqui, reside desde logo a primeira ameaça às contas do Governo.