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Construção volta a empurrar negociações para o 'vermelho'

As bolsas europeias perderam terreno na sessão de terça-feira, com a praça lisboeta a seguir o mesmo caminho. Crescem as dúvidas ligadas à construção, já que se sucedem os maus sinais que chegam do continente asiático.

As mais importantes praças europeias encerraram as negociações de terça-feira em terreno negativo. A bolsa de Lisboa não foi exceção à regra, já que perdeu 0,29%, até aos 6.101,58 pontos. A abertura de Wall Street, em baixa, gerou apreensão nos investidores europeus, assim como os maus sinais que chegaram da Ásia Oriental.

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Por cá, os títulos da NOS e do BCP registaram as descidas mais acentuadas, na ordem de 2,66% e 2,59%, ao passo que a Mota-Engil contraiu 1,47%. Em sentido contrário, a maior valorização foi da Jerónimo Martins, na ordem de 1,12%, ao mesmo tempo que a EDP Renováveis avançou 0,97% e a Navigator somou 0,96%.

Entre os mais importantes índices europeus, destaque para o alemão, que caiu 0,99%, até aos 15.253,20 pontos, seguido por Itália, que tombou 0,94% e encerrou em 28.115,71 pontos, ao passo que o Euro Stoxx 50, recuou 0,93%, para 4.128,55 pontos. Em França, observou-se uma perda de 0,70%, que conduziu o índice para 7.074,31 pontos, sendo que Espanha resvalou 0,20% e terminou a sessão nos 9.366,90 pontos. A derrapagem mais ténue foi do índice do Reino Unido, em 0,04%, para 1.242,0 pontos.

O grupo chinês Evergrande, que opera no sector da construção e regista pesadas dívidas a credores, falhou um pagamento de dívida que lhe era devido e condicionou o sentimento vivido pelos investidores. O impacto foi tal que os títulos do grupo, cotado na bolsa de Hong Kong, voltaram a registar um tombo acentuado na sessão desta terça-feira, para lá dos 8%.

De resto, desde o início da semana, regista-se uma perda de quase 30%, em face das dúvidas que se levantam sobre o grupo e que afetam todo o sector da construção chinês.