O conflito armado que se vive no Médio Oriente mexeu, de forma acentuada, com a confiança dos investidores e resultou em perdas nas mais importantes praças europeias na sessão que abriu a semana. No entanto, Lisboa não seguiu pelo mesmo caminho, já que o PSI registou uma subida de 0,93%, para 5.943,32 pontos.
Por cá, as ações da Galp foram as que mais valorizaram, em 5,10%, a beneficiar da subida dos preços do petróleo em resultado dos receios partilhados pelos investidores face à situação que se vive em Israel e na Palestina. Quando terminou a sessão, o preço do barril de Brent estava a subir mais de 4%, a ser negociado perto dos 88 dólares.
Em causa está a possibilidade de o conflito escalar e passar a envolver outros países daquela região. Alguns destes estão entre os maiores exportadores do mundo daquele recurso, como é o caso da Arábia Saudita, Iraque e Irão, de tal forma que a região exporta cerca de um terço do total da oferta à escala global.
Entre as maiores subidas surgiram ainda a Greenvolt, ao adiantar-se 3,63%, ao passo que a REN somou 1,47%, num bom dia para as cotadas do sector da energia. Por outro lado, a Jerónimo Martins foi protagonista do maior tombo, na ordem de 1,66%.
Entre os mercados europeus reinou a insegurança, que em grande parte terá sido causada precisamente pela subida nos preços dos combustíveis. O mesmo fator gera maiores receios no que diz respeito à necessidade de fazer baixar a inflação e, por esse motivo, pode contribuir para nova subida nas taxas de juro de referência por parte dos bancos centrais. De recordar que os juros do Banco Central Europeu (BCE), por exemplo, estão nos 4,50%, depois da política de subidas agressivas adotada no ano passado e que dura até à atualidade.
O índice espanhol foi o que mais caiu, na ordem de 0,91%, seguido pelo índice agregado Euro Stoxx 50, que recuou 0,75%. A Alemanha derrapou 0,67%, enquanto França resvalou 0,55% e Itália 0,39%. A perda mais ligeira foi do Reino Unido, nos 0,03%.